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sexta-feira, 22 de março de 2013

Esporte Profissional em SCS


Está na hora de repensar o esporte profissional de Santa Cruz, principalmente quando o time mais caro já montado no município, faz uma campanha ridícula... Eu era um recém nascido quando o Corinthians foi campeão, e eu nunca vi um time de qualquer coisa profissional daqui de Santa Cruz, ganhar algo importante. Vi a Assaf quase ganhar algo importante, num time que tinha Paredes, Fininho e Rabicó, todos bons jogadores e muito identificados com a torcida, vi o Avenida ganhar a série B do Gauchão, também com vários jogadores identificados com a torcida, mas e depois, o que resta?

Os jogadores se vão, porque na realidade o vínculo deles com a nossa terra é estritamente profissional, e enquanto isso, vemos bons valores em vários esportes, penando pra chegar ao sucesso, sem apoio nenhum de ninguém daqui. Acreditem ou não temos bons jogadores de basquete e futebol santa-cruzenses, mas o grande problema é que eles não tem apoio aqui, eles buscam apoio em outros lugares e alguns acabam atingindo algum sucesso.

Já pensaram se o time do Galo deste ano, fosse formado 60, ou 70% por jogadores daqui ou da região? Eles não iam estar tranquilos com esta realidade que vai ser a queda para segunda divisão, eles estariam suando sangue, estariam treinando mais forte, pra conseguir as vitórias necessárias pra fugir dessa situação. Dizem que os jogadores daqui não estão prontos pra um desafio como esse, mas aparentemente os jogadores caríssimos trazidos, também não estão prontos...

Um dos maiores problemas dos times daqui, é a falta de organização, a falta de planejamento, a falta de uma visão do futuro. É possível fazer trabalho de base e montar um time consistente pra um gauchão, usando a quantidade de recursos que foram utilizados pra montar esse ''grupo'' de jogadores que o Galo montou. O Galo nunca recebeu tanto dinheiro de patrocínio e televisão como este ano, e nunca gastou tão mal tal dinheiro.

Vejam a Lajeadense por exemplo, nos últimos anos tem investido em prospecção de jogadores mais do que na contratação, têm feito futebol o ano inteiro, e esse ano apresenta vários jogadores locais no grupo, e vários jogadores já conhecidos da torcida. E tudo isso, sem deixar de trazer bons valores de outros times.

A torcida não pede um estádio pra 50 mil pessoas, e nem o Messi jogando em Santa Cruz, a torcida quer times consistentes, quer ver pessoas da região carregando os clubes da região nas costas, quer ver um clube como o Galo, formando cidadãos desde pequenos, quer ver trabalho de base, quer futebol o ano inteiro, quer um estádio em condições de receber o público, quer preços do ingresso condizentes com a condição enfrentada pra assistir o jogo.

Afinal, quem aqui acha justo, pagar 25 a 50 reais numa bilheteria com fila de mais pessoas do que tem dentro do estádio, pra assistir jogos num estádio onde de quase nenhum ponto se enxerga bem o campo de jogo por inteiro, onde em qualquer chuva, as roupas ficam manchadas da tinta que se solta da arquibancada, onde tem que caminhar em meio ao barro e areia, pra chegar nas arquibancadas onde as pessoas pisaram com barro e areia nos sapatos, pra se sentar, e no fim de tantos percalços olhar o jogo de um time sem consistência alguma desde os amistosos de pré-temporada, um time fraco, apático, e sem identificação nenhuma com quem é daqui?

A segunda divisão corre de encontro ao Santa Cruz, não depende só da torcida a diferença, depende de corrigir uma sequência imensa de erros que vêm sendo cometidos a anos. O ano do centenário vai se tornar o ano do rebaixamento, o que era pra ser uma festa, se torna um alerta.

E como os entendedores querem pedir associações do povo daqui, se nem se monta um time decente pra se apoiar? O esporte daqui precisa ser repensado urgentemente. Desejo do povo tem, muita gente aqui gosta de futebol, e o mais engraçado é que jogos da LIFASC tem mais público que jogos do Galo no GAUCHÃO... Pergunto aos presidentes dos grandes clubes, por que será?

Forte abraço,
Leonardo H. Panke.

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