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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Os 500 do RS

            Após ter lido bastante, ouvido mais um tanto e pensado mais um pouco, eu fiquei com um tremendo orgulho de ser gaúcho e com uma pequena pulga atrás da orelha. Depois do desastre de SM, aproximadamente 500 pessoas que vivem em nosso estado, se colocaram a disposição e trabalharam de voluntários. Entre estas pessoas teve pessoas de outros estados, mas que moram no RS, e todas essas pessoas realmente se esforçaram ao máximo pra ajudar no que fosse possível as vítimas dessa terrível tragédia.
           
            Sempre tive muito orgulho de ser gaúcho, pois somos um povo que é muito mais unido do que o resto do Brasil, a maioria luta por uma vida melhor, entre muitas outras coisas, que não nos fazem melhores nem piores que ninguém, mas nos fazem diferentes, e a diferença é sempre uma coisa boa. Mas ao ver tanta gente se dedicando pelo bem dos outros, realizando um trabalho voluntário, e que com certeza vai marcar a vida de quem estava lá, me sinto um tanto mais orgulhoso.
           
            Entretanto, começou a se pedir doações, de sangue, de roupas, de produtos de higiene, entre tantas outras coisas que são pedidas num momento como esse, e é aí que me aparece uma pulga atrás da orelha, pois agora nesse momento vejo postagens, matérias e notícias, de gente doando coisas, doando sangue e de certa forma querendo se vangloriar com isso, ou até parecer uma pessoa melhor por estar fazendo isso.
           
            Nesse ponto, vemos que os gaúchos por mais unidos e voluntariosos que sejam, ainda são humanos, e até por isso comentem esse erro, às vezes sem perceber. A pulga atrás de minha orelha me deixa com o questionamento de que, durante o ano todo, todos hemocentros do Brasil e do Mundo necessitam de mais sangue do que tem no estoque, e vários programas de caridade necessitam de auxílio de todos os tipos, desde algo simples como escovas de dente, ou papel higiênico, até coisas mais elaboradas como camas, móveis, etc.

            Dessa forma, pergunto para as pessoas que doam coisas, e dizem que não é incomodo nenhum doar sangue e outras coisas, quando ocorre uma tragédia dessas, por que não doam o ano inteiro sangue, roupas, móveis e outros produtos? Por que o Brasil como um todo, não investe mais no trabalho preventivo? O Brasil mudou um antigo ditado, pois aqui se usa: "Pra que prevenir, se depois podemos remediar?".

            É hora de toda população questionar, está na hora de todo mundo mudar, de todo mundo começar a olhar as coisas de outras formas, porque não podemos esperar mais um desastre pra "arrumar a casa". Se você pode doar sangue, doe. Se você pode doar roupa, doe. Se você pode doar qualquer coisa, doe. Mas não se limite a doar, quando ocorrer um desastre, ou quando algum conhecido necessitar.

            Parabenizo os 500, ou mais, que foram voluntários, que ajudaram de qualquer forma, aos doadores de sangue e de outros materiais. Mas lembro que, não se deve ajudar o próximo só quando ocorre uma tragédia, mas sim sempre que nos for possível realizar qualquer pequeno gesto de caridade.

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